
A assembleia dos acionistas da TAC Motors da última quinta-feira terminou com uma certeza: a fabricação do jipe Stark 4X4 vai deixar Joinville. A reunião aprovou a elevação de capital da empresa de R$ 22 milhões para R$ 100 milhões e o objetivo com essa manobra é viabilizar o investimento necessário para a implantação de uma nova fábrica em outro Estado. O motivo da saída da montadora catarinense de Joinville é a falta de incentivos fiscais e linhas de financiamento a longo prazo.
Três Estados estão no páreo para receber a nova fábrica do Stark: Amazonas, Bahia e Ceará, que oferecem reduções no ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e linhas de financiamento específicas. No caso do Amazonas, a TAC também não pagaria IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), mas sofreria com a logística para despachar os veículos pelo Brasil.
Durante a assembleia geral, os acionistas conheceram mais detalhes dos benefícios oferecidos por cada Estado. "Cada um tem peculiaridades que estamos avaliando com cautela. O objetivo é que a fábrica encerre a fase de lançamento em Joinville para implantar, na região escolhida, uma planta definitiva. Isso permitirá ampliação considerável da produção do Stark", conclui o diretor-presidente da TAC, Neimar Braga.
De acordo com a montadora, nos próximos 60 dias o conselho administrativo da empresa deve decidir o destino final da linha de montagem do Stark.
Mesmo não tendo decidido ainda o Estado que receberá a nova fábrica, quem larga na frente é o Ceará. As conversas com o governo cearense estão adiantadas. Além disso, o Stark ficaria mais perto de seu principal concorrente, o Troller TR4, que também é fabricado no Estado.
O projeto da TAC para os próximos anos é ambicioso. Na fase inicial (primeiros quatro anos), a produção seria de três mil jipes por ano. Em seguida, com a inclusão de outros quatro modelos, a expectativa é elevar a produção a 10 mil carros por ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário