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quinta-feira, 24 de março de 2011

Jipe catarinense pode virar baiano


Segundo a Secretaria da Fazenda, empresa TAC estaria deixando o Estado para aproveitar os benefícios fiscais do Nordeste.

Um carro nascido e criado em Santa Catarina pode ganhar sotaque baiano. A montadora Tecnologia Automotiva Catarinense (TAC), que produz o jipe Stark em Joinville, está sendo assediada por vários estados para levar sua fábrica para o Nordeste. A vantagem é o benefício fiscal do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), que naquela região é de 0%, e no Estado, 7%.

Na Secretaria da Fazenda, a informação é de que uma demanda chegou à ouvidoria do órgão sobre a possível saída da TAC de Santa Catarina. Um técnico da pasta procurou um representante da empresa, que confirmou a ida da TAC para a Bahia. O IPI é um imposto federal e o incentivo não tem qualquer ingerência do Estado. Portanto, não há nada que o governo possa fazer para manter a montadora em SC.

A empresa continua afirmando que não pretende deixar Joinville, mas admite ter recebido propostas para instalar sua fábrica na Bahia, no Acre e em Manaus.

O engenheiro responsável pelo jipe Stark, Mahatma Marostica, confirmou ontem que a empresa recebeu propostas da Bahia, assim como recebeu de outros estados e também do município de Lages, na Serra catarinense.

– Temos contrato no Perini (Business Park, no distrito industrial de Joinville, onde hoje está a montadora TAC) até 2013. Não há nada formal ainda, mas claro que pode acontecer. Qual Estado não quer uma montadora nacional? – questionou.

Em um ano, foram fabricados 123 veículos

A TAC começou a produzir em janeiro de 2010 e fabricou 123 veículos desde então. Não é um número expressivo na comparação com grandes montadoras, mas para uma empresa focada em um nicho específico de mercado, os jipes off-roads, é considerado bom, conforme Marostica.

– A nossa produção de maio está toda vendida. A fábrica de Joinville tem capacidade instalada para fazer um carro por dia, mas produzimos 12 por mês porque nossos fornecedores não conseguem nos atender, porque a escala é pequena.

O Stark utiliza mais de 600 itens de 95 fornecedores. Custa R$ 94,7 mil, contra R$ 92 mil do principal concorrente, o jipe Troller. O preço, segundoMarostica, é competitivo porque o Stark tem um diferencial: além de off-road, também é apropriado para rodar na estrada e na cidade.

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